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Articulista do Jornal GGN comete equívocos sobre a "psicografia" de Humberto de Campos

(Autor: Professor Caviar)

Infeliz é a complacência da mídia esquerdista com os deturpadores do Espiritismo. Uma certa condescendência com os "médiuns" deturpadores, como os direitistas Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, às custas de paradigmas "progressistas" que não passam de narrativas montadas pela mídia reacionária, já que a imagem de "caridosos" dos "médiuns espíritas" na verdade sempre foi uma narrativa fabricada pela Rede Globo de Televisão (e isso não é fake news, é uma constatação comprovada por fatos, pelo apoio que o jornalismo da Globo deu a Chico, Divaldo e companhia).

Isso cria situações vexaminosas por parte dessa mídia. É o que vemos no caso do Brasil 247 e Jornal GGN, portais de Comunicação conceituados que, todavia, ao contratar colaboradores ligados ao "espiritismo", acabam cometendo o dado constrangedor de apoiar "médiuns" conservadores, como um Chico Xavier que apoiava a ditadura militar e Divaldo Franco capaz de homenagear um político decadente e elitista como João Dória Jr., que mandou atirar jatos d'água em moradores de rua.

Colaboradores como o escritor Ribamar Fonseca, do Brasil 247, e o analista Marcos Villas-Boas, do Jornal GGN, podem até parecer bem intencionados nas suas ideias, mas já agem errado mesmo por boa-fé, acreditando que o pretexto da "não-ideologia" é suficiente para aceitar "médiuns" direitistas e defendê-los em artigos na mídia alternativa.

No caso de Marcos Villas-Boas, no texto em que ele mistura conceitos deturpadores e outros corretos da Ciência Espírita, ele tenta atribuir legitimidade a suposta psicografia do "médium" Chico Xavier, no caso de Humberto de Campos, coisa que se comprova uma grande farsa. Mesmo assim, o articulista insiste na "veracidade" da suposta psicografia, conforme trecho deste texto:

"Fato curioso é que Chico Xavier recebeu, em 21 de janeiro de 1936, uma comunicação assinada pelo Espírito Humberto de Campos que trata do desencarne de Charles Richet, acontecido em 4 de dezembro de 1935. No relato, conta-se um diálogo entre aquele chamado de “Senhor” e o “Anjo da Morte”. Este advoga pela permanência de Richet na Terra, enquanto que aquele diz ser chegada a sua hora, pois, após 85 anos, ele não teria dado como certa a imortalidade, devendo retornar ao mundo espiritual para receber, como recompensa pelos seus trabalhos, a centelha divina da crença.

Chico Xavier morava em Pedro Leopoldo, no interior de Minas Gerais, quando realizou a referida psicografia, tinha 25 anos e não havia concluído o ensino primário. Naquele tempo de comunicação muito mais difícil, obviamente, até aquele momento, Chico nem sequer sabia quem era Charles Richet, muito menos como teria sido sua vida, seus estudos, sua descrença e sua morte, acontecida apenas 48 dias antes da psicografia.  

Se a psicografia está assinada por Humberto de Campos, com a mesma assinatura que ele tinha em vida, tendo, inclusive, a viúva dele ajuizado ação judicial para receber direitos autorais pelas obras publicadas por Chico, os incrédulos precisam explicar qual outra razão existiria para os dados psicografados, senão a de ter havido, de fato, comunicação com o Espírito Humberto de Campos".

Marcos erra muito feio ao alegar que "de fato" Chico recebeu comunicação com Humberto de Campos, investindo na falácia de que, aos incrédulos, "é necessário pesquisar outros aspectos", provavelmente ligados à paranormalidade, uma desculpa "objetiva", que, na prática, usa o "misterioso" como critério para se analisar o fraudulento. Como o "misterioso" não é estudado, o fraudulento é tido como "verdadeiro".

Marcos supõe que a assinatura atribuída a Humberto de Campos é "verdadeira", chegando a alegar que "a viúva dele (teria) ajuizado ação judicial para receber direitos autorais pelas obras publicadas por Chico". Quanta desinformação, em se tratando de um colaborado do portal GGN, que se compromete a trazer informações ocultas pela grande mídia!

Para satisfazermos então as cobranças de Marcos em relação aos céticos, vamos mostrar aqui duas coisas. Uma se relaciona à assinatura, que, embora haja uma intenção de imitar a original, observa-se que ela apresenta diferenças grosseiras em detalhes.


Acima, sob fundo cinza, vemos a assinatura original de Humberto de Campos, imortalizada em um documento. Abaixo, a suposta assinatura espiritual, que, mesmo com a aparente intenção de imitar a primeira letra do prenome, "H", e a última do sobrenome, "s", observa-se diferenças grosseiras nas letras intermediárias, mesmo quando se observa a preocupação do "médium" em fazer a caligrafia se aproximar da original.


Confrontando, todavia, com a assinatura pessoal de Chico Xavier, nota-se que, aqui, as semelhanças não só se confirmam como se revelam bem próximas, pois a suposta assinatura espiritual não consegue esconder o estilo caligráfico do "médium", bastante similar à caligrafia usada em cartas pessoais escritas aparentemente às pressas.

Quanto à alegação de "veracidade" das obras atribuídas ao espírito Humberto de Campos, analistas diversos fizeram um levantamento sobre as diferenças extremas que existem entre as obras originais do autor maranhense e as supostas psicografias.

Embora os partidários de Chico Xavier exijam que os contestadores de suas "psicografias" primeiro recorram a critérios "complexos" como a análise da "paranormalidade" ou da "vida espiritual" - que, todavia, os próprios chiquistas se recusam a analisar e não oferecem aos outros condições para tal tarefa - , é suficiente apontar diferenças estilísticas que contestem as "obras espirituais". Ninguém é ingênuo para considerar que um espírito escreve de forma diferente do que fez na Terra.

A tabela diz muito sobre as irregularidades "mediúnicas" que a Justiça seletiva deixou passar e que põem em xeque a validade dos trabalhos do deturpador Chico Xavier. Cabe, portanto, vermos a tabela abaixo e divulgá-la amplamente para ver o que o "médium" realmente fez com a memória do autor maranhense.

Além disso, Chico Xavier, como um protegido da Rede Globo (até hoje, postumamente), deveria ser questionado e repudiado, e não adorado, pela mídia esquerdista, porque sua imagem de "filantropo" é de caráter duvidoso e não passa de mito construído pela Globo para concorrer com os pastores neopentecostais. Vale a mídia de esquerda questionar e contestar Chico e Divaldo, porque, apesar de suas imagens pretensamente humildes, não são menos exploradores da fé que os Edir e Malafaia da vida. Segue a tabela sobre a obra de Humberto comparada com a "psicografia".

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