(Autor: Professor Caviar)
Falecida há exatos oito anos com apenas 32 anos de idade, a atriz e cantora Brittany Murphy, consagrada pelo filme As Patricinhas de Beverly Hills, havia citado uma frase sobre as dificuldades da vida que merece uma reflexão: "Todo mundo tem seus anos difíceis, mas muitas vezes esses anos terminam como os melhores anos de toda sua vida, de você sobreviver a eles".
A frase vale mais do que todo o pensamento que Francisco Cândido Xavier publicou em toda sua vida - e olha que Chico Xavier viveu quase três vezes o tempo de Brittany - e revela uma visão mais simpática e menos sádica sobre as dificuldades da vida.
A atriz estadunidense não defendeu a Teologia do Sofrimento. Ela, aliás, disse a frase num contexto de sua vida pessoal. Ela não apelou para exigir a aceitação das dificuldades humanas, tal como os "espíritas" fazem, e, se inferirmos a respeito do que ela diz, teremos uma interpretação diferente do que o "espiritismo" prega das dificuldades humanas, a partir das ideias do "médium" mineiro.
O que Brittany quis dizer envolve um esforço para superar as dificuldades, não pela "oração em silêncio" ou pela "servidão" em níveis opressivos que os "espíritas", baseados no princípio do "quanto pior, melhor" da Teologia do Sofrimento, mas para superar as dificuldades.
Em outras palavras, ninguém é refém das dificuldades e não pode suportar as desgraças humanas a título de uma gincana religiosa em que aquele que mais sofre receberá os prêmios, geralmente póstumos, da graça divina. As dificuldades existem para serem superadas de uma forma ou de outra, e, embora certos "espíritas" tentem, tendenciosamente, "concordar" com isso, o que eles defendem não é encarar desafios ou obter aprendizados, mas sofrer pesadas desgraças e, arruinado, ainda ter que sobreviver a tudo isso.
Os "espíritas", se quisessem parodiar a frase de Brittany, talvez dissessem: "Todos têm seus anos de dificuldades, e se essas dificuldades se tornarem extremas e trazerem os piores anos de toda sua vida, você será abençoado se sobreviver a eles".
A doce Brittany Murphy faz muita falta porque poucas mulheres conseguem ter a mesma combinação de doçura com personalidade forte que teve a admirável atriz. Mas, com toda certeza, sua breve vida deixou coisas muito positivas e espera-se que novas Brittanys apareçam e vivam longamente para dar um pouco mais de ânimo e esperança para nossa humildade. Ânimo e esperança que muitos acreditavam que o "espiritismo" ia dar, mas, lamentavelmente, não deu.
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