Pular para o conteúdo principal

Fantasma de Roustaing ronda o "espiritismo" brasileiro

(Autor: Professor Caviar)

O "espiritismo" brasileiro tentou sepultar Jean-Baptiste Roustaing. Tentou colocá-lo sob o tapete, tentou escondê-lo e, quando muito, transformar o antes venerado sobrenome num grande palavrão.

A "fase dúbia" adotada pelo "movimento espírita" para pegar carona nas conveniências - como agradar espíritas autênticos e fortalecer o poder das federações regionais - tentou fazer as pessoas crerem que o Espiritismo autêntico, do pedagogo Allan Kardec, voltou a ser honrado e respeitado com o seu maior rigor. Mas isso é uma falácia.

O que se vê nas "casas espíritas" é uma radicalização do roustanguismo, servido de maneira açucarada através de palestras e romances "espíritas", e das pregações dos "médiuns" que de intermediários só têm o nome, de tanto que gozam do culto às suas personalidades. O culto à personalidade do "médium" é uma exaltação à presunção e ao orgulho mais abjeto, mas tudo isso é travestido pela suposta caridade que, também, não passa de puro Assistencialismo (a tal "caridade" que ajuda mais o suposto benfeitor do que o necessitado).

O que se vê de Espiritismo autêntico nas atividades "espíritas" brasileiras se limita a mera exposição teórica, mesmo assim, bastante superficial e tendenciosa, e partindo geralmente de traduções igrejeiras dos livros de Allan Kardec, enfatizando mais a de Salvador Gentile (IDE), predileta da "fase dúbia" em detrimento da de Guillon Ribeiro, ligada à cúpula da FEB.

Mas essa "boa teoria" nada reflete na prática, porque o igrejismo, a vaticanização, a catolicização são extremos, mesmo de parte daqueles que fingem reprovar tais práticas. E o "espiritismo" se torna uma religião marcada pela desonestidade doutrinária, porque na realidade acaba se definindo como um movimento religioso que desobedece os ensinamentos de seu alegado precursor, Allan Kardec, que reprovaria o que se faz no Brasil em seu nome.

É necessário que as pessoas ampliem os questionamentos a respeito e vejam o quanto de Roustaing existe nas atividades "espíritas" e até nos "médiuns" que, sob a desculpa de "divulgar a boa palavra", andam espalhando o vírus traiçoeiro da deturpação espírita em palestras lotadas ou através de livros que se tornam best sellers. Não há como fingir que tudo aquilo é próprio de Kardec, porque o igrejismo se torna escancarado e a catolicização, bastante explícita.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um