(Autor: Valdemar Silveira, via e-mail)
Falam tanto que o sr. Francisco Cândido Xavier é "o sujeito mais puro que passou pela face da Terra" e muitas asneiras são ditas ou escritas por chiquistas para sustentar essa idolatria cega a um deturpador grave da Doutrina Espírita.
Só que ninguém se atenta que o mito de Chico Xavier foi construído ao longo dos anos e a devoção em torno de sua pessoa um consenso fabricado para atender os interesses comerciais da FEB, que ficou com os lucros que o "médium" se recusou a ter consigo e fez a fortuna dos mercadores do suposto espiritismo ocupado em seu aparato de belas palavras e fraca filantropia.
Se as pessoas santificam tanto o sr. Chico Xavier, então por que também não santificam três homens que contribuíram para a consagração de seu mito e a transformação do "médium" numa pretensa unanimidade entre os brasileiros?
Santifiquem Antônio Wantuil de Freitas, presidente da FEB por muitos anos, tutor terreno de Chico Xavier e alimentador de seu mito. Santifiquem, também, Jean-Baptiste Roustaing e o definam como "homem puro", que forneceu as bases ideológicas da FEB e da literatura de Chico Xavier e afins.
Santifiquem Roberto Marinho, o empresário das Organizações Globo, já falecido e sucedido por seus três filhos, porque foi a Rede Globo, que manipula ao seu bel prazer o inconsciente coletivo das pessoas (que são manipuladas sem perceber), que reinventou o mito de Chico Xavier e o promoveu como um pretenso filantropo, para forçar o esquecimento de que ele é um dos piores e mais deploráveis deturpadores do Espiritismo de todos os tempos.
E santifiquem o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge, autor do documentário Algo Bonito para Deus, que transformou Madre Teresa de Calcutá, aquela exploradora de enfermos, em "símbolo da caridade", criando uma imagem tendenciosa e burocratizada de "bondade", uma virtude reduzida a um reles artifício da religião.
Foi a partir do que Muggeridge fez com Madre Teresa é que a Globo recriou Chico Xavier e o moldou para forjar aquela imagem agradável de "homem bom", típico dos heróis de novela global, e que as pessoas se esquecem que é um discurso construído.
A gente vê que essa "bondade" não adiantou em nada, e, se adiantasse, nosso país seria outro. E não é por falta de Chico Xavier, mas até por overdose dele, que o Brasil está na pior. E Chico Xavier fazia apologia do sofrimento, só pedia para as pessoas "aguentarem a barra". Não tinha que ser considerado progressista de jeito nenhum.
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