(Autor: Professor Caviar)
Analisando as supostas mensagens espirituais atribuídas a espíritos de alguns mortos do incêndio da Boate Kiss, que resultaram no livro Nossa Nova Caminhada, uma fraude financiada por seis famílias dessas vítimas, nota-se um exemplo de irregularidades na carta atribuída à jovem Stéfani Poser Simeoni, uma das 242 pessoas que faleceram por causa daquele incidente, na casa noturna da cidade de Santa Maria, há exatos quatro anos.
A carta que observamos a seguir mostra uma grande rasura, e ela mostra o quanto a péssima escola de Francisco Cândido Xavier - ele mesmo, o "perfeito" Chico Xavier, praticou mal a habilidade paranormal, fez péssima mediunidade que, claramente, mostrava irregularidades de caligrafia, mensagens e informações trazidas - fez muito mal à divulgação da Doutrina Espírita no Brasil.
As famílias até tentaram forjar uma falsa obediência ao C. U. E. E., recorrendo a "diferentes médiuns" para transmitir supostas mensagens espirituais. Só que esses "médiuns" mantém vínculo entre si, compartilhando as mesmas crenças igrejistas e o mesmo simulacro de mediunidade, que já tem o nome irônico de "mentiunidade".
No entanto, isso não convenceu. E mesmo o envolvimento do festejado "médium" de Uberaba Carlos Baccelli, discípulo de Chico Xavier, só fez piorar as coisas. Ele, que foi acusado de fazer "leitura fria", também defende a burrada de dizer que Chico Xavier é reencarnação de Allan Kardec, uma tese sem pé e nem cabeça que só é apoiada por "midiotas" que se protegem pela "luz" cega do "movimento espírita".
Aliás, a mensagem de Stéfani teria vindo de um "centro espírita" de Uberaba, talvez sob orientação de Baccelli e o que se nota é uma rasura que aparece na assinatura. Vejamos:
O nome é reescrito abaixo e a assinatura parece hesitante. Abaixo, imagens na Internet reconstituem o processo de assinatura da mensagem, nesta sequência que se verá a seguir:
Essa irregularidade simplesmente mostra que a mensagem é fraudulenta. Afinal, vamos pensar um pouco.
1) Os familiares de Stéfani Posser Simeoni alegam que a mensagem que teriam recebido era "confortadora", o que pressupõe que a jovem falecida teria estado tranquila, quando na ocasião da mensagem. Se ela estivesse tranquila, não teria feito esse garrancho;
2) Se atribuísse nervosismo ao suposto médium da mensagem, também isso não procede. Afinal, o "médium" também estaria, em tese, associado a "boas vibrações", numa "comunhão de energias" que nos faria supor que havia um interesse comum em transmitir mensagens de paz e consolação. Ou seja, "médium" e "espírito" estariam igualmente serenos, na missão de consolação das famílias que perderam os entes queridos.
Neste caso, o "médium" também não se deixaria "escorregar" na "psicografia", porque o contexto que se fala das supostas mensagens espirituais é que os espíritos das vítimas, em que pese a dor profunda da violenta tragédia, teriam se "tranquilizado" pela "certeza da vida eterna" e, por isso, teriam transmitido mensagens "mais serenas" e "voltadas ao consolo e à esperança".
Daí que, diante desses argumentos dotados de profunda e contundente lógica, temos que admitir a fraude na suposta psicografia, porque ela mostra irregularidades que uma observação cautelosa inevitavelmente comprova, sem encontrar razões, motivos ou mesmo desculpas esfarrapadas que pudessem sustentar uma pretensa veracidade em mensagens como a de Stéfani Posser Simeoni.
Desta forma, a rasura consiste num descapricho, o que mostra que a incompetência dos "médiuns" brasileiros, apoiados na "boa escola" de Chico Xavier, se manifesta não somente no mal disfarçado igrejismo do mershandising religioso das "psicografias", mas também nos deslizes das informações apresentadas e até mesmo em garranchos violentos que derrubam de vez qualquer suposição de "boas energias" e "serenidade" das supostas mensagens espirituais.
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