(Por Délcio Santos, via e-mail)
Me envergonha ver esse espiritismo que está aí que não tem nada a ver com Allan Kardec e fica usando seu nome ao bel prazer, em prol da vaidade de seus líderes e palestrantes.
É um engodo igrejeiro, católico, com novelinhas que lembram mais dramalhões moralistas de péssima qualidade, romances que mais parecem um aproveitamento do lixo de roteiros inutilizados de novelistas da TV.
E Chico Xavier, um realizador de pastiches literários, com plágios aqui e ali, começou tudo. E o pessoal endeusando ele, que mesmo morto é o proprietário maior da verdade. Ele, com seus pontos de vista reacionários, seu moralismo retrógrado, seu igrejismo piegas e gosmento, é o "proprietário maior da verdade", talvez tendo como sócio e representante atual o sr. Divaldo Franco.
É constrangedor ver que esses espíritas de altar de paróquia ainda querem fazer prevalecer suas visões. E eles se contradizem sempre, o tempo todo, a todo momento: evocam Allan Kardec, juram que respeitam os postulados originais, mas praticam igrejismo dos mais retrógrados, jesuitismo de dogmas perecidos que só faziam sentido naquele Brasil colonial que discriminava mulheres, negros e índios.
Na maior cara-de-pau, esses igrejeiros astrais ainda são capazes de evocar tanto Erasto quanto Emmanuel. como se esses dois antagônicos espíritos dissessem alguma coisa em comum (e não dizem, muito pelo contrário). E isso se dá pela obsessão dos brasileiros a Chico Xavier, que faz alguns mais tolos pensarem ser um "cientista" e um "filósofo".
Até alguns que sonham com a volta dos postulados originais do Espiritismo kardeciano têm a terrível ingenuidade de achar que se podem aproveitar Chico Xavier e Divaldo Franco, nem que seja para enfeite. Coitados dos que pensam assim, porque agem em perfeita resignação com os conceitos deturpados que se multiplicaram como praga e estragaram com o legado do digno professor francês, legado este que foi muito trabalhoso e desgastante para ter resultado em nada.
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