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Pessoas se viciam no consumismo dos smartphones

(Autor: Professor Caviar)

Algo de trágico está acontecendo. As pessoas, a cada vez mais, se tornam escravas dos smartphones, caminhando pelas ruas vendo WhatsApp, mais preocupadas com a bobagem divertida que aparece nas redes sociais.

Isso é trágico porque se está desenvolvendo uma sociedade desumana, consumista, coisificada, e cidades como Rio de Janeiro e São Paulo se tornam redutos desse modismo estranho.

Pessoas vão para o Parque Ibirapuera ou para os calçadões de Copacabana, Ipanema e Barra da Tijuca sem ver o lugar em sua volta, mas "ocupados" vendo o que a pequena tela de celular mostra, geralmente algo bastante supérfluo, como uma videocassetada ou uma montagem digital no Snapchat, em que o dono da conta aparece com um efeito digital com o desenho do focinho de cachorro ou com os olhos tornados esbugalhados.

A decadência das regiões Sul e Sudeste, antes redutos de desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural e hoje sofrendo um declínio avassalador nestes setores, a ponto do Rio de Janeiro, capital fluminense que havia sido a vedete destas duas regiões (tanto que se consagrou com o apelido de Cidade Maravilhosa, imortalizado por uma marchinha de carnaval), ser hoje o retrato da mais humilhante decadência, maior do que a que o Norte e Nordeste viveram no período ditatorial ou nas fases neocoronelistas dos anos 90.

Essa decadência é tanta que os fluminenses não se incomodam sequer com o fedor de fezes ou de caminhões de lixo que tomam conta das ruas do Grande Rio. E que só agora Niterói parece se conformar e até ficar feliz com a posição subserviente que recebeu, ao deixar de ser capital do Estado do Rio de Janeiro, por conta de uma fusão com a antiga Guanabara imposta pela ditadura militar.

É o Rio de Janeiro "protegido" pela suposta colônia espiritual de Nosso Lar. Cidade da primeira sede da Federação "Espírita" Brasileira. Que tem uma rádio "espírita" chamada "Rio de Janeiro" e cujo presidente lançou a delirante fantasia de que Chico Xavier descobriu vida em Marte (o astrônomo Percival Lowell fez bem antes, quando Chico nem era nascido). E tem um jornal chamado "Correio Espírita", que pede as pessoas ler as obras de Allan Kardec que os próprios jornalistas não leem.

E o que ocorre nesta região "bastante espiritualizada"? Pessoas que se esquecem que têm amigos ao seu lado, não necessariamente aqueles presentes no mundinho fechado das redes sociais. Pessoas que ficam bitoladas em seus telefones celulares, enquanto poderiam ver a Natureza e valorizar cada lugar que frequentam.

Até na vida amorosa, quando se nota que as mulheres do Sul e Sudeste, salvo honrosas exceções, são insensíveis, infiéis e interesseiras - elas perguntam o emprego de um pretendente antes mesmo de perguntar o nome - , elas também vão na onda e se perdem tentando achar nas redes sociais o amor que se recusam a encontrar no livre trânsito das ruas. 

Elas levam gato por lebre, em boates e nas redes digitais, conquistando "homens legais" que depois se revelarão insossos e até imbecis, para não dizer violentos. E é notório que o Brasil é um dos maiores palcos de desencontros amorosos, em que, do contrário que nos EUA, onde casais se separam por diferenças inconciliáveis, aqui homens e mulheres se rejeitam por causa da afinidade, como se fossem indivíduos com medo de se olharem no espelho.

E logo num local "abençoado" pelo "espiritismo", que tanto diz pregar a "bondade", a "solidariedade" e a "fraternidade". Num ambiente desses, hipoteticamente protegido por energias ditas elevadas, multidões partem para esse espetáculo triste de um gado humano segurando telefones celulares para verem bobagens ou outras coisas supérfluas, como um ópio eletrônico, um alucinógeno digital.

Presas no uso de seus minúsculos computadores, se esquecem do mundo à volta, das pessoas mais próximas e se perdem na transformação de suas vidas num incessante entretenimento de ficção, diante do qual uma mínima necessidade de voltar para a realidade é motivo de muita raiva e sarcasmos violentos. Quem aconselhar essa volta, é humilhado sem piedade. "Energias elevadas"?

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