(Autor: Professor Caviar)
Olhem só quem fala. Os "espíritas", tão certos de que pregam o desapego e a desobessão, são apegados e obsediados pelos ídolos do "movimento espírita", como Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, tratados como se fossem "sábios indiscutíveis".
Muitos se atrevem a considerá-los os "espíritos mais puros" que passaram por toda a história da humanidade, deslumbrados com a mística de suas figuras religiosas e seus clichês trabalhados de forma piegas e fantasiosa.
Os seguidores desses dois anti-médiuns (eles não seguem o caráter intermediário próprio da palavra "médium", por se tornarem os centros das atenções) acreditam que o destino deles é estar nas esferas mais elevadas da espiritualidade, no "reino dos puros", pela suposta superioridade moral atribuída a eles.
Só que tudo isso é uma grande ilusão. Frustram-se os "espíritas", uma vez que em muitos casos a ilusão não é um privilégio dos ambientes sombrios de orgias mórbidas ou nos palacetes de fortuna e luxo, que evidentemente possuem, sim, suas quimeras doentias.
É no "movimento espírita" que se encontram as piores ilusões, em que o orgulho e a presunção se travestem de uma falsa humildade, que mal consegue esconder o regojizo de fazer palestras para ricos, enquanto pedem para os pobres e sofredores em geral que suportem as desgraças pesadas de suas vidas sob a desculpa de que "tudo passa" (até quando? na hora da morte?).
Chico Xavier já deve ter experimentado a desilusão profunda de não ver anjos, autoridades importantes e o próprio Jesus de Nazaré lhe acolhendo em cerimônia pomposa, para oficializar o ingresso no "reino dos puros". Quanta decepção teve Chico quando, no mundo espiritual, se viu num vazio, como um espírito ordinário cuja trajetória confusa pode até enganar os apaixonados religiosos da Terra, mas não enganam as almas do outro mundo, que sabem o prejuízo que ele causou.
Divaldo Franco espera seu ingresso no além-túmulo acreditando que os maiores líderes do universo o condecorarão, numa cerimônia com corais de anjos, ainda crianças, cantando canções de amor e de paz. Jesus, Bezerra de Menezes, a mãe do Divaldo, o amigo Tio Nilson, antigo parceiro da Mansão do Caminho, etc etc etc.
Tudo uma grande ilusão. E mais desilusão poderão ter os "espíritas", muito mais do que os aristocratas da Terra, pelo fato de conhecerem a moral e seus princípios, mas agindo pela deturpação da Doutrina Espírita, pela introdução de ideias levianas e sem nexo com a realidade, delitos que serão cobrados no além-túmulo pela própria revisão da consciência desses indivíduos.
Daí que esse mito de superioridade espiritual é ilusório. Uma fantasia que se desfaz com o retorno à chamada "pátria espiritual", em que somente a frustração é a companhia que acolherá o espírito entorpecido pelas vaidades religiosas, pela falsa humildade que esconde orgulhos bem mais traiçoeiros do que os que se ocupam das orgias terrenas. Quem erra sabendo sofre consequências piores do que aquele que erra sem saber.
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