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Porque religiosos ainda são associados à bondade e à caridade?

(Autor: Kardec McGuiver)

Ainda está arraigada na sociedade a ideia de que personalidades e lideranças religiosas são sinônimos de pessoas bondosas e vice-versa. No caso dos cristãos, isso tem a ver com a imagem consagrada de Jesus que teria sido o maior exemplo de altruísmo para a humanidade. O que faz com que qualquer um que supostamente se associe ao estereótipo cristão, seja também considerado altruísta, mesmo que nada faça em beneficio real da humanidade.

E como suposta liderança religiosa, Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier dos fanáticos e mal informados admiradores, também estava relacionado a este estereótipo, tendo supostamente encerrado a sua reencarnação - algo facilmente desmentido pelos livros de Kardec que afirmam que espíritos puros não reencarnam bana Terra - indo "trabalhar" com "Deus". Sim, "Deus", o famoso velhinho de barba branca que joga trovão na cabeça de todo mundo quando está zangado.

E como foi dito nesta postagem, nem precisa fazer alguma bondade para ser considerado bondoso. A própria associação com alguma crença religiosa é o suficiente para que uma personalidade ou liderança seja considerada "bondosa". Não é necessário ajudar: basta ter fé para ter bondade. 

Desde que existe há mais de 2000 anos, o Cristianismo tem se mostrado, de forma comprovada, incapaz de melhorar a vida das pessoas. Jesus, ainda sem existência comprovada, ainda é um desconhecido ate mesmo para seus admiradores que preferem cultuá-lo como um totem imóvel do que utilizar o seu exemplo para fazer caridade.

É também comprovado o fato de que a bondade seria utilizada na verdade como um escudo diante de prováveis críticas aos absurdos que cada religião defende e difunde. Religiões não passam de mitologias e por isso muitos de seus dogmas são bastante surreais, vários com fraca impossibilidade de realização. Religiões trabalham com a fé cega e condena a racionalidade, obrigando seus seguidores a aceitar absurdos em troca de suposta "salvação".

Associar religiosidade com bondade tem sido uma boa forma de preservar os interesses de lideranças religiosas e livrá-las da cobrança de impostos ou de qualquer tipo de limitação. Consideradas coo "guardiãs da humanidade" as religiões tem se beneficiado bastante da credulidade alheia, obtendo privilégios em troca de caridade malfeita e paliativa.

A bondade defendida pelas religiões tem sido completamente incompetente para garantir o bem estar dos mais necessitados. As religiões não conseguiram transformar a sociedade para melhor e nos últimos anos tem cada vez mais se mostrando nociva e inadequada aos novos tempos. 

Se nos primórdios da humanidade a religiosidade foi útil para feriar a brutalidade dos seres humanos mais primitivos, hoje ela é nociva por impedir o desenvolvimento intelectual dos novos homens, dispostos a solucionar por conta própria os problemas cotidianos que a religiosidade não consegue resolver.

Por isso, digo sem hesitar que a bondade religiosa é uma farsa, servindo mais como forma de promoção de seitas e de suas lideranças e também como meio de estagnação intelectual, preservando os privilégios não somente de lideranças religiosas, mas também de lideranças políticas e econômicas, sempre beneficiadas pela inércia intelectual e seus "súditos".

Paremos de atribuir bondade a religiosidade. A verdadeira bondade vem da compreensão das necessidades humanas e não da obediência a lideranças religiosas interesseiras que tem nas mentiras mirabolantes sua principal forma de linguagem e de domínio.

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