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A mentira perfeita sob o manto da religião "espírita"

O "espiritismo" brasileiro é um crime perfeito. Consegue ser uma mentira perfeita, enganando as pessoas e estando imune a tudo, passando por cima de escândalos e tendo uma credibilidade descomunal até mesmo para uma seita movida por fraudes e outras irregularidades.

Se você é um ídolo religioso "espírita", promete ajudar o próximo e levar a "boa palavra" a todos, e forja, da sua própria mente, uma mensagem qualquer (desde que bondosa e com mensagens "cristãs") e inventa que ela foi escrita por algum falecido, terá praticamente certa a garantia de confiabilidade, e até a Justiça irá comprovar a "autenticidade espiritual" da mensagem que você mesmo inventou.

Infelizmente, nada pode deter. Desde que os juízes não entenderam a petição dos herdeiros de Humberto de Campos contra Chico Xavier e a roustanguista FEB e inocentaram "médium" e federação, os "espíritas" têm em mãos a impunidade mais absoluta, a mais aberrante, a mais tenebrosa.

Fraudes "mediúnicas" aqui e ali são até consideradas "autênticas" por certos críticos e acadêmicos de segunda categoria, mas que se valem de status e prestígio social. A religião "espírita" brasileira é um festival de abusos e fraudes não só socialmente aceitos como também socialmente estimulados, em que a desonestidade, sendo "espírita", passa a ser vista como "honestidade".

As desculpas são várias: "Mensagens de amor", "trabalho do bem", "pão dos pobres", "abrigo aos desamparados". Tudo vira desculpa para permitir todo tipo de prática irregular, sob a alegação de que os "espíritas" são "sempre bondosos" e tudo isso é feito por uma "boa causa".

O mais grave é que sempre arrumam um jeito para abafar questionamentos, contestações e investigações. A ideologia de Francisco Cândido Xavier sempre apelava para pedir que "não se questione" e pregava ideias retrógradas como "o silêncio é a voz dos sábios". Ou seja, se você sabe uma coisa, não fale. Nem mesmo para ensinar.

Era a deixa para que todos aceitem tudo que Chico Xavier fizer, mesmo quando apoiava fraudes de materialização. Ninguém podia dar um pio, todo mundo teria que aceitar o "médium" de qualquer maneira, e tudo fica nisso mesmo.

A gente observa obras tidas como "psicografia", "pictopsicografia" e "psicofonia" e elas nada têm a ver com o que os supostos autores mortos deixaram em vida. Isso é claro, mas a irregularidade é deixada passar por causa da reputação religiosa que protege os mentirosos a serviço da fé.

Há até mesmo desculpas que permitem a fraude e a mentira no "espiritismo" brasileiro: "O amor tudo permite e tudo perdoa", "A bondade está acima de qualquer prova", "O amor tem razões que a razão desconhece", "A caridade está acima da lógica e do bom senso".

São desculpas bonitas, atraentes e que fazem até pessoas se comoverem. Mas isso é muito grave. Mostra que, se a mentira e a fraude, assim como a falta de lógica e de bom senso, ocorrem sob o selo do "espiritismo" brasileiro, então elas viram "verdade". Nem precisa justificar, os "espíritas" mesmo se recusam a justificar e mostrar provas, quando atividades, por mais perniciosas que sejam, lhes favorecem sempre.

Tudo isso virou uma mentira perfeita. Uma mentira de muletas longas para suas pernas curtas. A sociedade tem uma complacência geral com tudo de pernicioso e duvidoso que é feito pelo "movimento espírita". A desonestidade é geral, a corrupção é total, mas as pessoas aceitam tudo porque é "só bondade e amor". Como se amor e bondade podem estar ligados à desonestidade. Como se fosse possível mentir em nome da caridade.

Isso é horrível, e é o que está travando a percepção das pessoas e expressa a falta de firmeza das instituições sociais que não conseguem enfrentar as irregularidades religiosas. É deplorável e estarrecedor que o "espiritismo" brasileiro e seus astros vivam na mais absoluta impunidade, mentindo e fraudando livremente, só por causa da imagem de "bondosos". Isso tem que acabar.

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