(Autor: Professor Caviar)
O Rio de Janeiro sofre uma grave crise. Sob todos os aspectos. Crise da saúde, crise educacional, crise política, crise financeira local, crise moral com a ação da trolagem na Internet, crise cultural com o fechamento ou a ameaça de extinção de espaços e instituições culturais, e crise de segurança, com muitos assassinatos ocorrendo na cidade, vitimando muitos inocentes de qualquer classe social.
O Rio de Janeiro sofre uma grave crise. Sob todos os aspectos. Crise da saúde, crise educacional, crise política, crise financeira local, crise moral com a ação da trolagem na Internet, crise cultural com o fechamento ou a ameaça de extinção de espaços e instituições culturais, e crise de segurança, com muitos assassinatos ocorrendo na cidade, vitimando muitos inocentes de qualquer classe social.
O quadro de decadência do Estado do Rio de Janeiro e da sua famosa capital é vertiginoso e indica que não irá terminar tão cedo. A outrora Cidade Maravilhosa superou Salvador no ranking de cidades com maior número de desempregados no Brasil e superou São Paulo no topo das cidades mais poluídas do país. A cidade do Rio de Janeiro também é uma das cidades com custo de vida mais caro.
O Estado é "protegido" pela mídia "espírita". O mineiro Francisco Cândido Xavier é um ídolo no Estado. A antiga sede da Federação "Espírita" Brasileira, hoje sua principal filial e conhecida, desde a sua fundação, como a "Casa Mater do Espiritismo", continua em pé na região da Uruguaiana onde as diversas casas em volta sofrem eventuais incêndios.
Além do prédio da FEB - apelidado pelos contestadores do "espiritismo" como "Vaticano", aludindo à sua inclinação fortemente igrejista - , tem-se uma emissora de rádio, a Rádio Rio de Janeiro AM (que chegou a testar, em 1961, uma frequência em FM, no prefixo da atual Melodia FM, de Petrópolis), e o jornal Correio Espírita.
Há também o mito "espírita" de que, sobre o céu do Estado do Rio de Janeiro, se situa a suposta colônia espiritual Nosso Lar, tida por seus crentes e seguidores como a "maior colônia espiritual" existente na face da Terra e um dos pólos de "maior elevação energética" na órbita terrestre.
Há também o mito "espírita" de que, sobre o céu do Estado do Rio de Janeiro, se situa a suposta colônia espiritual Nosso Lar, tida por seus crentes e seguidores como a "maior colônia espiritual" existente na face da Terra e um dos pólos de "maior elevação energética" na órbita terrestre.
A Rádio Rio de Janeiro é presidida por Gerson Simões Monteiro, dirigente da Fundação Cristã Espírita Cultural Paulo de Tarso (Funtarso), da qual chegou a ser presidente e vice-presidente. Ele também é colunista do jornal Extra e é considerado um dos principais palestrantes "espíritas" do Estado.
Gerson Monteiro é conhecido por espalhar um factoide irresponsável de atribuir pioneirismo de Chico Xavier em prever a existência de vida em Marte - canais artificiais, civilizações sofisticadas, seres humanos inteligentíssimos - em cerca de 80 anos, através de livros "psicografados" de 1935 e 1939.
Esse factoide é irresponsável porque a História da Ciência registra, explicitamente, que esses mesmos temas eram discutidos e analisados bem antes de Chico Xavier nascer e um dos que estudaram o tema com mais precisão foi o astrônomo estadunidense Percival Lowell (1855-1916), que lançou três livros sobre o assunto, em 1895, 1906 e 1908, portanto, até dois anos antes do "médium" nascer.
A mídia "espírita" alimenta e articula as atividades de "centros" coordenados pela FEB, que apesar de não ter o Rio de Janeiro como sua sede, tem na cidade como seu principal raio de influência, maior até do que Brasília.
E vendo que o "espiritismo" igrejista, moralista e esotérico, com todas suas contradições, atrai energias bastante confusas, dá para perceber a contribuição que eles dão para a crise que atinge o Rio de Janeiro, já perdido na "religiosização" de tudo, seja pelas influências viciadas do fanatismo católico e neo-pentecostal, em que qualquer modismo é tido como "de decisão divina".
É isso que provoca a situação de decadência em que os fluminenses se situam, e que pode trazer um sério perigo para o país, porque a cidade do Rio de Janeiro continua sendo vista como "cidade-modelo" para muitas medidas relacionadas à cultura, urbanismo e mídia, o que significa que sua decadência pode ser "exportada" para o resto do Brasil, se os outros Estados não reagirem de maneira efetiva e consistente.
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