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A verdadeira identidade de André Luiz finalmente revelada - parte 4

(OBS de Profeta Gandalf): Uma das figuras mais controversas do Movimento Espírita brasileiro com certeza é o espírito que atende pelo singelo nome de  André Luiz. 

Sem existência comprovada, sem fotografias, de uma suposta evolução espiritual praticamente automática e de obras cheias de absurdos, aceitos sem contestação pelos seguidores de uma doutrina supostamente racional, mas que não analisa nada, Luiz foi obra de um autêntico pseudo-sábio disposto a vandalizar a doutrina, desviando os seus seguidores do bom senso, colocando suas crendices pessoais como se fosse um "complemento" a codificação karceciana.

Desmascarar esse picareta é uma honra e prova de respeito, pois Kardec mesmo havia alertado mais uma vez da necessidade de desmoralizar esses farsantes. Acabar com a mentira, embora poucos percebam, também é uma forma de caridade.

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE ANDRÉ LUIZ FINALMENTE REVELADA

Eduardo José Biasetto - Obras Psicografadas

EVIDÊNCIAS DE SIMILARIDADES

Existem várias passagens tanto em Owen quanto em Xavier sobre o tema das “esferas”; por exemplo, segundo Xavier:

“Lembro-lhe que em todas as nossas esferas, desde o planeta até os núcleos mais elevados das zonas superiores, em nos referindo à Terra…” (p. 138).

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Fig. 2 – A “cidade” Nosso Lar, assinalada com uma estrela, estaria localizada na 3ª esfera acima da Terra, sobre uma extensa região do Estado do RJ (entre as cidades do RJ & Campos & Itaperuna), numa faixa que poderia ser definida como a “periferia do umbral”. Fonte: “Cidade no Além”, de Francisco Cândido Xavier e Heigorina Cunha.

Não sustento que Owen e Xavier acreditavam que a Terra é o centro do universo – não é a esse ponto da concepção de mundo antiga e medieval que me refiro; mas eles aceitaram a estrutura do mundo espiritual tal como Aristóteles e Ptolomeu conceberam o mundo material (e Aquino e a Igreja Católica transformaram em espiritual; um dos modelos desta visão de mundo figura no altar da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, obra de Aleijadinho), círculos concêntricos a partir da Terra.

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Fig. 3 – Altar-mor da nave de entrada da Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto, obra de Aleijadinho. A Lua divide o mundo aristotélico-tomista em sub e supra lunar; no sublunar, há a geração e corrupção das coisas físicas, o santo segurando a caveira e, mais embaixo, o caixão – estes representam a morte, a mortalidade; no supralunar estão os salvos, os anjos e Deus (a parte de cima é o habitaculum Dei – o imutável e eterno, a quintessência). Visão de mundo tomista[15].

11ª) Nos dois textos, a “colônia espiritual” é fundamentalmente um lugar de trabalho, sendo que os que mais trabalham são os governantes, seres angélicos ultra-virtuosos. Segundo Owen, em mensagens datadas de 26/09/1913 e 17/10/1913:

“Nosso trabalho na casa, ou colônia, à qual agora pertenço, é também direcionado a estes espíritos que progrediram até aqui, tanto quanto aos da Terra” (p. 24).

“Ele nos conduziu por uma avenida perpendicular à praça e, então, saímos numa outra praça; mas logo percebemos que esta era particular, e aquele grande palácio, que ficava no meio do parque e em torno dele, era a residência de algum grande Senhor. [...] Esta casa onde agora estão é o Palácio de Castrel, como, sem dúvida, já sabem. Ele é o governador deste amplo distrito, onde têm lugar muitas ocupações, e muitos estudos podem estar em curso. Ouvi dizer que vocês já foram até a colônia da Música, e mais ainda, para outros departamentos, onde são estudados outros ramos da ciência. Nós estamos em contato com todos eles, e recebemos constantemente seus relatórios quanto ao progresso neste ou naquele ramo da ciência. Estes relatórios são estudados por Castrel e seus auxiliares” (pp. 58-59).

Também em Nosso lar, os trabalhadores estão junto com políticos muito honestos, virtuosos e religiosos, numa estrutura teocrática:

“Em todos os núcleos desta colônia de trabalho, consagrada ao Cristo, há ligação direta com as preces da Governadoria” (p. 28).

“A essa altura, atingíramos uma praça de maravilhosos contornos, ostentando extensos jardins. No centro da praça, erguia-se um palácio de magnificente beleza, encabeçado de torres soberanas, que se perdiam no céu. – Os fundadores da colônia começaram o esforço, partindo daqui, onde se localiza a Governadoria – disse o visitador. Apontando o palácio, continuou: – Temos, nesta praça, o ponto de convergência dos seis ministérios a que me referi. Todos começam da Governadoria, estendendo-se em forma triangular. E, respeitoso, comentou: – Ali vive o nosso abnegado orientador. Nos trabalhos administrativos, utiliza ele a colaboração de três mil funcionários; entretanto, é ele o trabalhador mais infatigável e mais fiel que todos nós reunidos. Os Ministros costumam excursionar noutras esferas, renovando energias e valorizando conhecimentos; nós outros gozamos entretenimentos habituais, mas o Governador nunca dispõe de tempo para isso” (pp. 52-53).

Comentário: essas passagens têm narrações quase idênticas: os neófitos são conduzidos por alguém da praça à sede do governo, um centro administrativo comum, com muitos Ministérios e um governador com seu palácio, amparado por auxiliares/funcionários. Em ambos os livros, avaliações alienadas são feitas relativamente à política, descrevendo os políticos governantes como seres virtuosos e infatigáveis; também difundem ideais reacionários, pois o quadro geral é teocrático.

12ª) Quanto ao transporte existente nas “colônias espirituais”, assim consta nos livros – primeiro, a mensagem de Owen, obtida em 23/09/1913:

“Fomos para lá, conforme o convite, e encontramos multidões chegando de todos os lados. Alguns vieram em… por que hesita? Estamos descrevendo literalmente o que vimos – carruagens; chame-as de outra forma, se quiser. Elas eram puxadas por cavalos, e seus condutores pareciam saber exatamente o que dizer a eles, já que não eram guiados com arreios como são na Terra, mas pareciam ir para onde os condutores desejavam. Alguns chegaram a pé e alguns através do espaço por vôo aéreo. Não, sem asas, que não são necessárias” (p. 17).

Agora, o transporte coletivo no texto de Xavier:

“Dado o meu interesse crescente pelos processos de alimentação, Lísias convidou: (…) – Esperemos o aeróbus (nota 1: carro aéreo, que seria na Terra um grande funicular). Mal me refazia da surpresa, quando surgiu grande carro, suspenso do solo a uma altura de cinco metros mais ou menos e repleto de passageiros. Ao descer até nós, à maneira de um elevador terrestre, examinei-o com atenção. Não era máquina conhecida na Terra. Constituída de material muito flexível, tinha enorme comprimento, parecendo ligada a fios invisíveis, em virtude do grande número de antenas na tolda” (p. 59).

Comentário: as passagens são quase idênticas – a única diferença é que o “médium” mineiro modernizou o transporte coletivo de sua “cidade”: ao invés da carruagem (meio de transporte do início do séc. XX) voadora de Owen, um ônibus funicular voador (veículos funiculares foram muito comuns na modernização do Brasil dos anos 40. Por exemplo, o trem que partia de São Paulo para Santos era funicular, ou seja, subia a Serra do Mar puxado por um cabo. Recentemente, o Estado de São Paulo disponibilizou o antigo trem para a baixada, agora como passeio turístico e histórico). Vejamos: a) ambos os personagens são convidados a visitar determinado local; b) se deparam com veículos de transporte para multidões/muitos passageiros; c) observam que, nos veículos, distintamente dos veículos na Terra, arreios ou fios são desnecessários; e) num texto, o Ministro/médium Owen hesita em face da narrativa; noutro, André Luiz fica surpreso com o que vê.

13ª) A modernização da narrativa original, no texto brasileiro, surge também noutro pequeno detalhe. Primeiro, uma mensagem de Owen, datada de 24/09/1913:

“Logo percebi que estávamos num jardim que cercava um amplo edifício, com degraus em toda sua frente, até ele que estava no topo de uma espécie de terraço. O prédio parecia todo de uma só peça de um material de vários matizes – rosa, azul, vermelho e amarelo – que brilhava como ouro, mas suavemente. Subimos, e na enorme portaria, sem nenhuma porta nela, encontramos uma linda senhora, elegante, porém não orgulhosa” (p.19).

Em Nosso lar, existe uma passagem praticamente idêntica:

“Passados minutos, eis-nos à porta de graciosa construção, cercada de colorido jardim. – É aqui – exclamou o delicado companheiro. E, com expressão carinhosa, acrescentou: – O nosso lar, dentro de "Nosso Lar". Ao tinido brando da campainha no interior, surgiu à porta simpática matrona” (p. 96).

Comentário: nas duas narrativas, muito semelhantes, amigos dirigem-se até edifício/graciosa construção por jardins cercados e são recebidos por uma mulher “mais velha” (uma linda senhora/simpática matrona). A diferença é que, no relato de Owen, há um portal sem porta, enquanto no de Xavier, há uma campainha – o texto original foi adaptado aos costumes e recursos de um público mais moderno, de cerca de um quarto de século mais tarde.

FINAL

Na opinião de alguns espíritas consultados, as semelhanças apontadas são naturais e explicáveis[16], pois, assim como na Terra há semelhanças entre as cidades, o mesmo se daria nas “colônias espirituais”. Porém, creio que as semelhanças ultrapassam tal lógica, mostrando claras evidências de plágio, tanto no texto quanto no contexto.

Por fim, creio ter resolvido o controverso tema da identidade do alegado espírito André Luiz. Trata-se, desde o início, da mãe de Owen travestida de médico brasileiro – uma constatação um tanto freudiana, para um autor que, como Xavier, era tão ligado à mãe, perdida na infância terrena e reencontrada “mediunicamente” no planeta Marte.[17]

De qualquer modo, sou receptivo às críticas, questionamentos e complementos.

NOTAS NUMERADAS DESTA SÉRIE DE POSTAGENS

[1]Texto terminado em 11/08/2011, produzido inicialmente para ser apresentado ao Centro de Pesquisa e Documentação Espírita – CPDOC, publicado em seu site e também no blog Obras Psicografadas.

[2]Professor de história com licenciatura plena e habilitação em geografia, formado pela Faculdade de Ciências e Letras de Bragança Paulista – hoje FESB. Professor efetivo de história do Brasil e história geral numa escola estadual e noutra municipal. Trabalhou também como professor de história do Brasil, geral e da arte, geografia do Brasil e geral em escolas particulares e cursos pré-vestibulares. Nascido em 1966, foi bastante influenciado pelo catolicismo, ao qual, por iniciativa própria, abandonou; simpatiza com a doutrina espírita – contudo, ultimamente, caminha no sentido da crítica e do ceticismo.

[3]Agradeço a colaboração de Marcio Rodrigues Horta (doutor em filosofia pela USP e funcionário de carreira do TRE/SP) pelo auxílio na pesquisa, redação e argumentos. Agradeço também a Vitor Moura Visoni (parapsicólogo e profundo conhecedor da vida e obra de Xavier) pelos acréscimos de similaridades e por me despertar do sono dogmático.

[4]Visoni é o criador do blog Obras Psicografadas, especializado na análise de livros e textos alegadamente psicografados, além de pesquisas no campo da “espiritualidade”: a existência do espírito, fenômenos paranormais e evidências de reencarnação. Vide http://www.obraspsicografadas.haaan.com.

[5]O próprio Xavier informou conhecer o livro de Owen, pois em seu livro Voltei, de 1949, há esta afirmação do suposto espírito Irmão Jacob: “recordando a leitura das narrativas de André Luiz e Vale Owen, perguntei ao Irmão Andrade quanto às características do novo ambiente, informando-me, então, que nos achávamos numa colônia espiritual de emergência, situada em planos menos elevados”. Note-se que, por num ato falho, André Luiz e Owen aparecem juntos e associados nesta passagem. Meus estudos indicam também a influência de A vida além do véu noutras obras da “Série André Luiz”, tal como em Libertação. Acesse esse link.

[6]A saber, distintamente do espiritismo kardecista, os adeptos do novo espiritualismo inglês e, em seguida, americano, não acreditam na reencarnação, sendo sua matriz religiosa original o protestantismo.

[7]Adaptado de Wikipédia, http://www.pt.wikipedia.org/wiki/George_Vale_Owen; o livro A vida além do véu está em http://www.espiritando.com.br/saladeleitura/a_vida_alem_do_veu.pdf.

[8]Adaptado de Wikipédia, http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Xavier.

[9]Adaptado de Wikipédia, http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Nosso_Lar. Link para baixar Nosso Lar http://www.sej.org.br/livros/lar_br.pdf.

[10]Adaptado de Wikipédia, http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9Luiz(esp%C3%ADrito).

[11]Visoni informa a existência da seguinte passagem: “o médium Chico Xavier solicitou à Sra. Suzana Maia Mousinho que providenciasse, junto a um artista plástico seu colega no Ministério da Educação, e frequentador da Escola de belas Artes, um retrato do espírito de André Luiz e que, para tal, se baseasse na estátua do cientista Dr. Carlos Chagas, localizada na praia de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. Após a feitura do quadro, o médium Chico Xavier escreveu em seu verso que aquele era o Espírito de André Luiz, e o dedicou à Sra. Suzana”; livro Sementeiras de Luz, Introdução, nota 2 do editor Geraldo Lemos Neto. Assim, como vemos, a crença de que André Luiz foi Carlos Chagas pode ter sua origem no próprio Xavier. Para Vieira, acessar http://www.pt.wikipedia.org/wiki/Waldo_Vieira.

[12]Agradeço a colaboração de Alberto Alonso Muñoz (doutor em filosofia pela USP e Juiz do Tribunal de Justiça/SP) pela pesquisa suplementar e descoberta (em ficha catalográfica da biblioteca da FEB) do ano da primeira publicação em português da obra de Owen. Horta também constatou que a edição em inglês disponível na internet foi publicada em Nova Yorque em 1921; o internauta Caio afirmou, no blog Obras Psicografadas, que, em pesquisa virtual, descobriu que na biblioteca do Congresso dos EUA existe uma cópia do livro de Owen datada de 1921.

[13]Em seu blog, Visoni publicou a seguinte informação de Manuel Luques: no 1º capítulo do livro A marca da besta, do “médium” Robson Pinheiro, foi dito: “quando o reverendo Vale Owen escreveu seu livro mediúnico relatando a vida numa colônia espiritual, A vida além do véu, muita gente pensou que estava delirando. Décadas mais tarde, quando Chico Xavier publicou Nosso lar, muitos espíritas ortodoxos imaginaram que ele estava copiando ou plagiando a ideia de Vale Owen”. Porém, a semelhança entre os dois textos foi reconhecida também por espíritas “heterodoxos”. A obra A vida além do véu foi apresentada deste modo num site espírita: “Descrição minuciosa da vida espiritual, sobre moradas de Espíritos chamadas “colônias”; relatos de missões de guias e mentores, na Terra e em outros mundos… Parece o Nosso lar, não? Pois esta obra fantástica é datada de antes do clássico de Chico Xavier, com quem tem impressionante similaridade” (itálicos meus).

[14]Um internauta, crítico deste estudo, afirmou que “queriam até dizer que é a mesma coisa o pombo-correio do livro inglês e as aves de batalha do Nosso lar”. Porém, nessa passagem, o texto inglês não fala em pombos-correio, e sim em “flying birds”, ou seja, aves voadoras, no papel de “messagers”, mensageiras. Há uma citação de pombos no livro de Owen, mas num contexto distinto.

[15]A visão de mundo católica a partir de Aristóteles e Ptolomeu, retraduzidos por São Tomaz de Aquino. Lastreado em Copérnico, Galileu & Kepler & Newton sustentaram a homogeneidade, demonstrando que a incorruptibilidade do mundo supralunar é ilusória, pois este também sofre alterações – assim, os anjos não podiam mais morar “em cima”, nem os perdidos “embaixo”.

[16]Embora este trabalho não tenha sido exaustivo. Aparentemente, boa parte da “Série André Luiz” tem sua origem no livro de Owen, enorme, de 472 páginas.

[17] Ver livro Cartas de uma Morta, de Chico Xavier.

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