Infelizmente perdemos um dos mais talentosos e simpáticos atores brasileiros, Paulo Goulart. Ele não só se destacava pela qualidade da atuação como no jeito bonachão que demonstrava na vida real, conquistando a simpatia de todos. Quanto a sua simpatia, ele era único, insubstituível, tornando difícil encontrar alguém que possa ter o carisma de ser tão querido quanto ele.
Mas aproveitando a morte dele, vários espiritólicos (seguidores da versão deturpada do Espiritismo, tão comum no Brasil) se meteram e começaram a dar ênfase ao fato de que o recém falecido ator era espírita. Alto lá! Algo precisa ser esclarecido.
Como a maioria dos brasileiros e quase todas as celebridades que se assumem como tais, o "Espiritismo" que eles seguem não é bem Espiritismo. É na verdade a sua forma deturpada, uma espécia de Catolicismo com reencarnação cujo referencial maior não são as obras de Allan Kardec e sim as obras ficcionais atribuídas a mediunidade de Chico Xavier, católico praticante e fervoroso que foi tomado como intruso na versão brasileira da doutrina, causando um gigantesco estrago que impede a compreensão real de tudo que nos rodeia.
Paulo Goulart seguia essa forma deturpada, assim como sua família e a maioria dos brasileiros que se auto-rotulam de "espíritas" e como muitos faltou a ele um estudo sério das obras de Kardec, além do desapego e da desconfiança de falsos líderes (como Xavier, Bezerra, Divaldo, etc.) que graças ao seu enorme prestígio, possuem o poder persuasivo de confundir as mentes de muitos que deveriam se interessas pela verdadeira doutrina Espírita.
É uma pena, mas são grandes as chances de Paulo se decepcionar como o que verá na outra dimensão. O "Espiritismo" brasileiro é tão alucinado quanto qualquer das igrejas que conhecemos.
Comentários
Postar um comentário