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Para devotos de "São" Chico Xavier, espíritos "superiores" aprovam o fanatismo futebolístico

(Autor: Pátria sem Chuteiras)

Hoje é um dia fatídico para quem é fanático futebosteiro: além de ser a final da copa das confederações, é aniversário da conquista (fraudulenta) do pentacampeonato, na copa de 2002. O que significa que também é aniversário de morte de Chico Xavier, o famoso médium católico que se transformou em símbolo máximo do "Espiritismo à moda da casa" que é feito no Brasil. Xavier se tornou um objeto de fanatismo tão doentio e irracional quanto a "seleção" brasileira.

Para os pseudo-espíritas, essa "coincidência que não é coincidência" de Xavier ter supostamente "escolhido" morrer numa data de "tamanha felicidade" *, é um sinal de que a "espiritualidade superior" aprova o fanatismo do futebol. Quanta bobagem junta em uma só lenda.

Os pseudo-espíritas chiquistas, seguindo orientações impostas pela FEB, se esforçam ao máximo para tentar provar que Xavier era um ser privilegiado, com superpoderes, bondade infinita e direito até de escolher a data da morte. Como uma espécie de "Jesus" dos "espíritas", ele tinha que ser tratado como um sobre-humano.

E para os pseudo-espíritas que adoram futebol, esse fanatismo doentio teve um gostinho a mais, já que a morte de Xavier jogou mais lenha na fogueira de carvão do churrasco de que a "seleção" é um símbolo pátrio que deve ser levado a sério. Futebol, para muitos, além de ser assunto de "segurança nacional' é assunto de "segurança espiritual". Os espíritos mistificadores que guiavam Xavier não encontraram melhor momento para rir da cara dos brasileiros, sobretudo os peseudo-espíritas que adoram futebol.

Embora pareça agressivo dizer isso, não acho impossível a FEB ou a "espiritualidade" ** ter autorizado uma eutanásia (embora pseudo-espíritas reprovem tal ato, que por incrível que pareça, nada tem de errado) ou algo parecido, para Xavier morrer exatamente na data da conquista do Penta, para que tanto a mitologia do futebol quanto a mitologia do médium mineiro fossem mantidas. Isso é especulação, mas faz sentido. A não ser que a morte de Xavier tenha sido apenas uma - infeliz - coincidência. Mas como o interesse em transformar Xavier em um semi-deus é interesse de seus admiradores e defensores, não descarto a hipótese de eutanásia. Tomara que não me processem por esta declaração.

Sendo ou não eutanásia, a certeza é que Xavier não tinha necessidade de escolher data para morrer. Primeiro porque não era a pessoa mais popular do país. O radialista e apresentador de televisão Chacrinha era muito mais conhecido e tinha muito mais admiradores que o médium e morreu em uma data comum, com direito a toda a atenção da sociedade.

Segundo, porque escolheu uma final de futebol? Isso se torna risível se lembrarmos que o futebol não passa de uma mera forma de diversão e que toda a sua mitologia "cívica"foi construída pela mídia para favorecer os lucros relativos ao esporte. Para quem tem discernimento, é fato de que algo, ao ser transformado em uma obrigação, transforma qualquer lucro numa certeza, pois sendo uma obrigação, seus simpatizantes vão se achar obrigados a pagar pela sua obrigação. Desculpem a redundância, mas eu tinha que ser claro.

Tanto o fanatismo futebolístico quanto o religioso são erradíssimos. Ambos desprezam o raciocínio e o bom senso, sendo resquícios de uma infância que insiste em permanecer nos corações dos adultos brasileiros. Com a maturidade, largamos brincadeiras e crenças no absurdo, pois a lógica adquirida com a maturidade vai mostrando que sempre existe coisas muito mais importantes que o supérfluo.

Enquanto ainda não cresce, chiquistas e futebosteiros vão se enganando com o que lhes dizem e vão satisfazendo suas histerias com ilusões que não trarão nenhum tipo de benefício. Até segunda ordem Chico Xavier e a "seleção", representadas pelos seus jogadores, ainda "governam" o país. Sabe-se lá até quando. Espero que isso acabe o mais cedo possível.

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* Espíritos superiores só se preocupam com coisas sérias. Supérfluos são ignorados. O que significa que os espíritos superiores sabem que a felicidade gerada pelo futebol é falsa e desnecessária. Eles enxergam os brasileiros que gostam de futebol como um adulto enxerga uma criança brincando: não levam a sério. Esse papo de que Xavier morreu num dia de "imensa felicidade" é conversa para manter a fé cega, endeusar Xavier e aprisionar o povo brasileiro no fanatismo alienante do futebol, aquele que trata o supérfluo esporte como um "dever cívico" que não pode ser recusado. Tudo exatamente ao contrário do que o Espiritismo sério recomenda.

** Emmanuel quis matar Chico Xavier caso ele desistisse das influências de seu maléfico obsessor, erroneamente considerado como "anjo bom" por seus ingênuos admiradores. E isso não é invenção, pois aparece na biografia autorizada pelo médium. Se Emmanuel quis matar Xavier naquela ocasião, não é de se estranhar que tenha decidido fazê-lo na data escolhida, para reforçar ainda mais o fanatismo que muitos sentem pelo médium.

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